É que seu amor tem um tantinho de mar
E não é mar azul (minha cor)
É verdinho esmeralda
Feito pedra preciosa esculpida
(não a toa sua cor preferida).
Seu amor tem um outro tanto de futuro,
De juventude, renovação,
Que eu, um ser nascido velho,
Vou bebendo, me lavando,
Sugando cada gotinha que a noite orvalha
No seu corpo que não falha.
Esse amor, o seu, não gosta de silêncio
Pede música, suspiros, respiração forte e entrecortada.
Forma letras, palavras, juras,
Espanta a mudez para o lado distante
Da felicidade que nos cerca...
Amor que mesmo errando nunca erra.
12.07.2009
11.19.2009
Por dentro
Meus dedos vasculham
O lago molhado e macio
Que flui a encarar o mar salgado de suor
Alí no mesmo local em que encontra
O céu da minha boca.
A labareda esquenta
Até o ponto que faz tremer
O cume da sua fenda
E invado o breu que esconde
O rio que me banha até onde eu mereça.
(inspirado em um dos poemas do livro da Sandra Regina)
Meus dedos vasculham
O lago molhado e macio
Que flui a encarar o mar salgado de suor
Alí no mesmo local em que encontra
O céu da minha boca.
A labareda esquenta
Até o ponto que faz tremer
O cume da sua fenda
E invado o breu que esconde
O rio que me banha até onde eu mereça.
(inspirado em um dos poemas do livro da Sandra Regina)
10.26.2009
CANÇÃO
Se você tocar
Eu canto
Mesmo que desafine
Ou incomode com minha voz boba
De quem se empolga com melodias,
Com as razões por dentro do som,
Com a textura de cada nota...
Por mais aguda que seja.
Canto mesmo
Peço bis no meio da canção
Já com a letra atrapalhada
Espalhada pelo resto do ambiente
Tomando conta do quarto
Confirmando a afirmação que repito:
Se você tocar
Eu canto...
Até que seja manhã.
Eu canto
Mesmo que desafine
Ou incomode com minha voz boba
De quem se empolga com melodias,
Com as razões por dentro do som,
Com a textura de cada nota...
Por mais aguda que seja.
Canto mesmo
Peço bis no meio da canção
Já com a letra atrapalhada
Espalhada pelo resto do ambiente
Tomando conta do quarto
Confirmando a afirmação que repito:
Se você tocar
Eu canto...
Até que seja manhã.
9.28.2009
DESEJOS
Vou te levar desejos
Contraídos entre as suas pernas
Que me aperta a face
Enquanto a trilha da língua
Descobre os disfarces
Encobertos por rendas.
Mostra a língua e morde o dedo
Deixa o seu explorador perdido
Quando nos lábios
Grita sem ter medo.
Contraídos entre as suas pernas
Que me aperta a face
Enquanto a trilha da língua
Descobre os disfarces
Encobertos por rendas.
Mostra a língua e morde o dedo
Deixa o seu explorador perdido
Quando nos lábios
Grita sem ter medo.
9.15.2009
9.11.2009
B-612
Não sei dançar.
Em verdade esse verbo me encanta,
Porém, antes dele, julgo que sei melhor conjugar
Outros.
Eu que vôo, caio, balanço, amo, mexo
Com tanta propriedade outras tantas palavras.
Mesmo as que têm ritmo.
É que na alma trago o sonhar
(outro bom verbo se colocado em prática)
E no dia-a-dia danço com os beijos
Daquela que baila
Vestindo sapatilhas vermelhas
Nas ruas molhadas de chuva.
Em verdade esse verbo me encanta,
Porém, antes dele, julgo que sei melhor conjugar
Outros.
Eu que vôo, caio, balanço, amo, mexo
Com tanta propriedade outras tantas palavras.
Mesmo as que têm ritmo.
É que na alma trago o sonhar
(outro bom verbo se colocado em prática)
E no dia-a-dia danço com os beijos
Daquela que baila
Vestindo sapatilhas vermelhas
Nas ruas molhadas de chuva.
9.06.2009
PARA VOCÊ
Resolvi escrever um poema para você.
Um poeminha com cheiro doce
E jeito espevitado
Com gostinho de fruta cítrica
Que te mataria de amor
Antes de terminar a primeira frase.
(esse poeminha é bem antigo, mas eu gosto muito)
Um poeminha com cheiro doce
E jeito espevitado
Com gostinho de fruta cítrica
Que te mataria de amor
Antes de terminar a primeira frase.
(esse poeminha é bem antigo, mas eu gosto muito)
8.23.2009
HAI KAIS CORPORAIS
I
Mostra os olhos claros
Apresenta as mão limpíssimas
E suja a boca na minha.
II
Contra o sol
Desenho pantomimas
No seu corpo.
Mostra os olhos claros
Apresenta as mão limpíssimas
E suja a boca na minha.
II
Contra o sol
Desenho pantomimas
No seu corpo.
8.11.2009
PENUMBRA
O tempo que toma conta
E mata a fera da dor
(ou acalma)
Encarrega-se de ensinar
O caminho até o silêncio...
Ou, ao menos, iluminar a paisagem
Ante a hipótese do grito.
E mata a fera da dor
(ou acalma)
Encarrega-se de ensinar
O caminho até o silêncio...
Ou, ao menos, iluminar a paisagem
Ante a hipótese do grito.
7.08.2009
NOITE SEM ELA
Noite sem ela
É mar sem sol
Chuva no teto em dia de trabalho
É meio ficar quieto
Enquanto me embaralho
Fazer arte sem sentido
Música que se cala
Poema bem no meio perdido
Nos olhos da minha fala.
A falta tira o sal
Feito sabor de estrela
Sem espaço sideral
Peixe voando sem vento
Rosto do rosto no tempo
Saudade que mancha
A goiabeira do quintal
Noite sem ela
É tristeza sem encontro
A menos que me beije
Um doce beijo molhado
Que sonharei ser sonho.
É mar sem sol
Chuva no teto em dia de trabalho
É meio ficar quieto
Enquanto me embaralho
Fazer arte sem sentido
Música que se cala
Poema bem no meio perdido
Nos olhos da minha fala.
A falta tira o sal
Feito sabor de estrela
Sem espaço sideral
Peixe voando sem vento
Rosto do rosto no tempo
Saudade que mancha
A goiabeira do quintal
Noite sem ela
É tristeza sem encontro
A menos que me beije
Um doce beijo molhado
Que sonharei ser sonho.
6.29.2009
6.20.2009
6.01.2009
5.18.2009
Me pego
Meio insano
De pura sandice
E creio
Crendo firme
Só por tocar
Só por beijar
Só por sentir...
Se não fosse isso:
Esse desejo que pega,
Essa paixão que insiste.
Creia,
Louco
De querer,
Diria que
Você não existe.
Mas é fato
Está aqui do meu lado
A cada instante
Mesmo de longe
Nessa doce doideira
Eu, marginal bem feito
A roubar amor
Da sua carteira.
Meio insano
De pura sandice
E creio
Crendo firme
Só por tocar
Só por beijar
Só por sentir...
Se não fosse isso:
Esse desejo que pega,
Essa paixão que insiste.
Creia,
Louco
De querer,
Diria que
Você não existe.
Mas é fato
Está aqui do meu lado
A cada instante
Mesmo de longe
Nessa doce doideira
Eu, marginal bem feito
A roubar amor
Da sua carteira.
5.09.2009
O AZUL E A MALABARISTA
(para a Malabarista de Palavras)
Enluarada, um tanto enrolada
Mas de um jeito que nunca vi
Faz malabares as pencas
Pega palavra de lá, arranca outras dali
Tem feição de boneca
Mistura de som com luz
Teima em me deixar vermelho
Eu que primo por ser blue
Mas não tem nada não
Há de ter uma maneira, algum sabor
De juntar as palavras dela
Rimando com a minha cor
Nessa hora doces versos entram na lista
Rodopiando na ponta da língua
Eu poeta, baiano e azul
Ela colorida malabarista.
Enluarada, um tanto enrolada
Mas de um jeito que nunca vi
Faz malabares as pencas
Pega palavra de lá, arranca outras dali
Tem feição de boneca
Mistura de som com luz
Teima em me deixar vermelho
Eu que primo por ser blue
Mas não tem nada não
Há de ter uma maneira, algum sabor
De juntar as palavras dela
Rimando com a minha cor
Nessa hora doces versos entram na lista
Rodopiando na ponta da língua
Eu poeta, baiano e azul
Ela colorida malabarista.
5.02.2009
Meu coração quer calma
E pede silêncio
Mesmo sem dar o exemplo
De assim ser seguido
Ele salta boca fora
E escorre na vida
Dura suspiro e meio
Ao pé do ouvido.
Corte certeiro de arranha-céu
Amiga, aviso, sou sujeito
De verso e mel
Lâmina brilhante
Que nunca apaga a seta
Daquele instante.
Meu coração quer calma
E pede silêncio
Mesmo sem dar o exemplo
De assim ser seguido...
E pede silêncio
Mesmo sem dar o exemplo
De assim ser seguido
Ele salta boca fora
E escorre na vida
Dura suspiro e meio
Ao pé do ouvido.
Corte certeiro de arranha-céu
Amiga, aviso, sou sujeito
De verso e mel
Lâmina brilhante
Que nunca apaga a seta
Daquele instante.
Meu coração quer calma
E pede silêncio
Mesmo sem dar o exemplo
De assim ser seguido...
4.17.2009
Visto a poesia do dia
Me esparramo dentro dela
As vezes desconfortável
Ela me aperta a gola, o pescoço
Querendo sair pela boca
Quando, na verdade, é pelos dedos que me escapole
Arranhando minhas unhas curtas e roídas
Puxando-as para fora
Em direção às paredes pichadas
Com meus versos
Arrastando os olhos em direção ao sol.
O sol vale um poema inteiro dele.
Rasgada as vestes
Pulverizadas as flores da lapela estranha
Eis um poema, sem sol, é certo
Rondando as minhas entranhas.
Me esparramo dentro dela
As vezes desconfortável
Ela me aperta a gola, o pescoço
Querendo sair pela boca
Quando, na verdade, é pelos dedos que me escapole
Arranhando minhas unhas curtas e roídas
Puxando-as para fora
Em direção às paredes pichadas
Com meus versos
Arrastando os olhos em direção ao sol.
O sol vale um poema inteiro dele.
Rasgada as vestes
Pulverizadas as flores da lapela estranha
Eis um poema, sem sol, é certo
Rondando as minhas entranhas.
4.14.2009
MEIO EXÓTICA
Seus chinelos de pano
suas meias de lã
seus costumes insanos
chá com pão de manhã
seus cigarros acesos
suas tantas manias
seus livros nunca lidos
todas as teorias...
Vem você e me diz
que seria minha deusa
logo ri da minha cara
quando finjo surpresa
sonha seus vãos poetas
e reclama do sol
me arranha de fato no ato
rasga nosso lençol
Vê tevê enquanto pintas as unhas
de uma cor meio exótica
nunca define o tom dos cabelos
ora é hippie, ora é gótica
manda beijo pra torcida
mesmo contra minha vontade
muda o verbo de saída
nunca acha que está tarde
Vem você e me diz
que seria minha musa
beijos longos, toda linda
sempre marca minha blusa
com gloss e batom
nada mal, tudo bom
não sonha com nada
que não tenha a forma incerta
desmente, desaba, descarta
e ruma sem rumo
sem mapas nem setas
lá vai ela...
hoje o mundo é todo dela
o mundo dela é todo dela.
parceria com o sumido poeta/músico/amigo Clóvis Struchel
suas meias de lã
seus costumes insanos
chá com pão de manhã
seus cigarros acesos
suas tantas manias
seus livros nunca lidos
todas as teorias...
Vem você e me diz
que seria minha deusa
logo ri da minha cara
quando finjo surpresa
sonha seus vãos poetas
e reclama do sol
me arranha de fato no ato
rasga nosso lençol
Vê tevê enquanto pintas as unhas
de uma cor meio exótica
nunca define o tom dos cabelos
ora é hippie, ora é gótica
manda beijo pra torcida
mesmo contra minha vontade
muda o verbo de saída
nunca acha que está tarde
Vem você e me diz
que seria minha musa
beijos longos, toda linda
sempre marca minha blusa
com gloss e batom
nada mal, tudo bom
não sonha com nada
que não tenha a forma incerta
desmente, desaba, descarta
e ruma sem rumo
sem mapas nem setas
lá vai ela...
hoje o mundo é todo dela
o mundo dela é todo dela.
parceria com o sumido poeta/músico/amigo Clóvis Struchel
3.24.2009
O BEIJO DELA
Ela beija tão bem
Mas tão bem
Que quando seu lábio
Toca o meu
Sinto aquela chuva fina
Com direito a arco-íris
No céu da boca.
Mas tão bem
Que quando seu lábio
Toca o meu
Sinto aquela chuva fina
Com direito a arco-íris
No céu da boca.
3.10.2009
3.04.2009
2.13.2009
REVER
(para Su)
Do beijo e do querer
Ficou aquele arrepio quente
Encravado no desejo de vê-la novamente.
A vida deslancha em direções tortas,
Caminhos longos e curvados.
Certo é: nada é por acaso.
Do beijo e do querer
Ficou aquele arrepio quente
Encravado no desejo de vê-la novamente.
A vida deslancha em direções tortas,
Caminhos longos e curvados.
Certo é: nada é por acaso.
2.04.2009
1.06.2009
BANHO-MARIA
Me jogo para dentro
Entre seus lábios, perco
Despenco a arar sua nuca
Nua em fogo brando
Banho-maria d’alma alegre
Que molha meu corpo no seu.
Alimento. Sugo. Força.
Acre e doce gosto de mim
Na sua boca
Açucarada visão que queima a carne,
A roupa, a polpa que sobe,
E desce num mexer da sombra que é
Embalada da cama.
Chama. Arde. Roga.
Salpicada delícia de desejo
Feito beijo intenso a repousar na mesa
Esperando a ingestão da tarde
Que cozinha a pele branca.
Entre seus lábios, perco
Despenco a arar sua nuca
Nua em fogo brando
Banho-maria d’alma alegre
Que molha meu corpo no seu.
Alimento. Sugo. Força.
Acre e doce gosto de mim
Na sua boca
Açucarada visão que queima a carne,
A roupa, a polpa que sobe,
E desce num mexer da sombra que é
Embalada da cama.
Chama. Arde. Roga.
Salpicada delícia de desejo
Feito beijo intenso a repousar na mesa
Esperando a ingestão da tarde
Que cozinha a pele branca.
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