3.24.2009

O BEIJO DELA

Ela beija tão bem
Mas tão bem
Que quando seu lábio
Toca o meu
Sinto aquela chuva fina
Com direito a arco-íris
No céu da boca.
A minha cara na cara dela
Meu sangue correndo na pele amarela
Meu corpo reclamando do pouco
Rasgando o tormento

Meus pés a caminhar trovão
No meio da estrada minha missão
De clarear a vida que escancara
Para ser mais brilho no chão

Ser tanto
No olho da cara
Ser todo
No peito e na raça.

3.04.2009

A poesia lambe cada poro da minha pele suada
E manda (não pede) que sinta na boca,
Bem lá no céu da boca, esse roçar de enxurrada.