Não adianta procurar em mim
O que de ti não sabes.
Se oco, rocha ou sexo
Não é aqui, no meio do nada,
Que respostas surgirão
Anda!
Descobre na água
Esse louco desejo de ser nada,
Ser moita, grotão.
Descobre aí, nesse corpo
Setenta por cento líquido
Que te sobra quando saliva,
Que te escorre quando gozo
Repete seis vezes sessenta
A mesma pergunta
E só aí, no seu meio,
Há a liquefeita solução para nós
Puro concreto
Pó de estrelas ou
Constelação de versos?
4 comentários:
Belo poema. Parabéns
Fodástico, painho. A Santa Trindade treme!!
Fravin
Pó das estrelas
Constelação aberta
Nesse fosco incêndio
Calado entre as fendas...
É assim o amor,
quer que te rendas
Prá ter na boca a hora certa
De cuspir lâminas
E colorir o sabor.
**Estrelas azuis, meu poeta!**
Parabéns!
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