5.06.2008

OFEGANTE CANÇÃO

Agora que encontro a porta aberta
Dos olhos, do corpo, da alma,
Revejo que a mira estava certa
Sem pressa, com calma,
Porém torto, doido, ante a entrega.

Me fez menino abusado
Voyer de tudo que mira em ti.
Pór isso, ao decote levado,
Arrasta meus olhos (castanhos armados),
Afaga o desejo (de ser enlevado),
Arranca o azul (juízo tomado)
Da doce saliva que te quer em mim.

Paro, para ter a certeza,
De que trazes um sim vestido de não.
Encaro calado a nua natureza
A minha preta, ali, deitada no chão:
'És banquete de cama, fogão e mesa'
Mil talheres, mil joguetes de entregue paixão.

No mar que mergulho minha língua
Encontro suas pernas em pleno frisson
Tomamos-nos, como poetas ante a rima,
Ao som dos gemidos, do gozo bom.

Êxtase.

Antes um menino à míngua
Agora ofegante canção.
Deito, como em mim tu deitas (Preta minha)
Depois da entrega, folia, baião.
Antes arfante ventania,
Agora (graças e por ti, Preta) tranqüilo furacão.

6 comentários:

Anônimo disse...

facada no toooooooooooooorax de superhomem!

bjo , renata

Paula disse...

Dorei.

última vela disse...

PARA TUDO. PQP, painho. E tú ainda diz que bebeu da água de Santo Amaro.

Anônimo disse...

nooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooosssaaaaaaaaaaaaaaaaaa! bendita seja essa preta!

Alexandre Beanes disse...

Que fique claro: da água de Santo Amaro eu nunca bebi ou beberei!

Tom Marcelino disse...

isso é que é talento... parabéns... muito bom!