5.27.2008

Não adianta procurar em mim
O que de ti não sabes.
Se oco, rocha ou sexo
Não é aqui, no meio do nada,
Que respostas surgirão

Anda!
Descobre na água
Esse louco desejo de ser nada,
Ser moita, grotão.
Descobre aí, nesse corpo
Setenta por cento líquido
Que te sobra quando saliva,
Que te escorre quando gozo

Repete seis vezes sessenta
A mesma pergunta
E só aí, no seu meio,
Há a liquefeita solução para nós
Puro concreto

Pó de estrelas ou
Constelação de versos?

4 comentários:

Elton Pinheiro disse...

Belo poema. Parabéns

Anônimo disse...

Fodástico, painho. A Santa Trindade treme!!
Fravin

Rayanne disse...

Pó das estrelas
Constelação aberta
Nesse fosco incêndio
Calado entre as fendas...
É assim o amor,
quer que te rendas
Prá ter na boca a hora certa
De cuspir lâminas
E colorir o sabor.

**Estrelas azuis, meu poeta!**

bsh disse...

Parabéns!