9.12.2008

E fui ao que me invento
Feito sombra, sal, incenso,
Mirra em frente ao sol
Para dourar cheiros
Para dobrar sinos
Para saber menino
Todos os meus bemóis.

Pois sou criança bruta
Com a cidade a brilhar
Para minhas diferenças.
De sonhos, vôos intensos,
A minha imaginação me inventa.

Solto varão da piedade,
Eu sem perdão, sem mar,
Rabisco de um futuro-agora,
Um rei a cantar alegria que esquenta.

Um menino de sol
Um menino de
Um menino
Um!

3 comentários:

lubisco disse...

comentar sobre o seu ofício de escrever
é um prazer e um sacrifício por não conseguir
conjecturar, sem rapidamente desistir, diante da sensibilidade que trazes em cada verso.
Por isso, te peço, me caro novo amigo:
não se zangue comigo e aceite essas parcas linhas,
que apesar de oblíquas, são minhas!

D. Fulaninha disse...

um menino com cia de cevas e charutos.

adoró!

última vela disse...

felomenal, painho, paticípio-passado do verbo 'botou pra...'