4.26.2008

Um olho que diz muito
mentindo em silêncio
diferente de estar mudo
nas noites que invento
salta, dança, dança
uma jam jazz de puro improviso
ela me diz: solto
quando preso me realizo

se você não demorar
eu me entrego e espero
e se você me achar
não nego, te quero

rio de cabeceira secou
e você nem me disse nada
se no monte o mar abalou
a solidão em mim fez água
andou, rodou, rodou
e o que era azul perdeu o juízo
me deixa preso: deixou
solto em frente ao abismo

as vezes parece uma dor
mas teima e deixa em paz
sabendo ser do amor
um sonho todinho lilás
remando na noite escura
como quem nada quer
me rasga a cara e a cintura
e diz ser minha mulher

não demorou quase nada
a espera terminou
não neguei, nem disse nada
pois bem antes você me achou.

5 comentários:

Loba disse...

um poema de uma musicalidade encantadora! novamente e sempre o amor! te admiro pelas várias formas de falar do amor.
beijo

Pimenta disse...

é lindoooo

lubisco disse...

espetcular!
aqui é lubisco, meu velho! vou adicionar seu link no meu bolg (la ele), ok? acabei de fazer um! apareça la!

Anônimo disse...

Letrista, tá lindo...
você é lindo...
Deixa eu musicar?
:)

Dessa vez, musico a música certa e inédita! hahaha

Cris O disse...

Oi! Cara de pau que nada. Amigo de meu amigo, já uma grande referência:-). Vi sua foto e poema sobre Salvador. Também achei lindo! Mais uma coincidência: também acredito completamente na Santíssima Trindade. Em nome de Vinícus, Quintana e Leminski, amém!