Misturo dizeres
Sabores
Ordem amarrada aos pratos
É tomate
É orégano
É olho grande
É desejo
É panela
Um pouco de morena em pó
Para esquentar a receita
E da branquinha
Para esquentar a goela
Misturo sabores
Dizeres
À revelia do olor que salta lá fora
É feijão
É arroz
É bebida que acompanha
É gozo
É espera
Um pouco de astúcia, um nó
Para aquentar a fome
Que revela
Um pouco de drible e sol
Para aquecer de raiva
O que falta, e muito, na espera
Um pouco de vontade, aguda, bemol
Para saborear à mesa
O manjar, o prato que te delicia,
O amor
Aquela.
4 comentários:
Há alguns dias vim aqui e li o [Meio século]. Belo poema, fiquei com ele impregnado. Hoje voltei, também gostei do que li. Vim aqui da página da Ana.
[ ]s
é sábio temperar a espera... dificil é justificar o tempero! rs
belo poema, Beanes, muito belo.
assim como os demais que eu ainda não tinha lido.
beijo grande
Receita explosiva esta, não? Bastante apimentada, como toda a vontade deveria ser..
Interessantíssima, vou experimentá-la, mas sem o orégano. E, acho interessante trocar o gênero de alguns ingredientes, apenas para ficar de acordo com meu pacato paladar.
;)
Abraços.
painho, você é mesmo irremediável...
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