9.09.2007

A minha poesia
Gruda minhas paixões
Aquelas mesmas que me pegam de jeito
Que me mudam o rumo
Que me partem
Se partem
Ficam
Vão
(de ir embora,
o verbo que se vai,
nunca é aquele
que não vale a pena).

A minha poesia
Se rende sempre ao todo
Do meu jeito fácil
De me apegar
Apaixonar
Correr
Lutar
E voltar atrás
E voltar
Voltar...
Pois sou assim
Aquele que se apaixona.

A minha poesia
Esquece os trancos
Barrancos
Se entrega ante a minha entrega,
À minha entrega
Cola na pele
Rasga
Conserta
Enxerta
Salta.

A minha poesia teima
Em ser assim
Sem revisão
Com sobras
Sem tempo
Com desleixo
Sem fuga
Com jeito

A minha poesia
Fala demais
Prolixa!
Mesmo quando (nesse segundo)
Só queria falar de saudade.

2 comentários:

GiGi disse...

Bom demais.
Lindo.

i disse...

Poemas sensacionais. Continue postando para nosso deleite!