Não adianta procurar em mim
O que de ti não sabes.
Se oco, rocha ou sexo
Não é aqui, no meio do nada,
Que respostas surgirão
Anda!
Descobre na água
Esse louco desejo de ser nada,
Ser moita, grotão.
Descobre aí nesse corpo
Setenta por cento líquido
Que te sobra quando saliva
Que te escorre quando gozo
Repete seis vezes sessenta
A mesma pergunta
E só aí, no seu meio,
Há a liquefeita solução para nós
Puro concreto
Pó de estrelas ou
Constelação de versos?
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