Se você deixar,
Já que tenho a chave de casa,
Voltarei sem dar aviso
Nem hora marcada
Chegarei entre a noite
E a delícia da madrugada,
Onde sei que dormes sem roupa,
Aí mesmo, a essa hora,
Chegarei como quem devora
De seus gemidos farei verso
Poesia libertada para ode dos fetiches
Encravada no meio das suas coxas
Chegarei para entre suas pernas
Dar destino a minha boca
Que te molha sem queixas
Voltarei. Chegarei.
Grato por saber que a sua resposta
É a mesma se sempre
Que entre sussurros diz que deixa.
11.18.2010
11.01.2010
CRESCENTE
Não tem fadiga que tome
O meu olhar.
Ante sua presença,
Que sempre é clara
Feito dia,
A luz da lua marca presença.
Juntando os dois:
Meu olhar e você (reflexo lunar)
Constata-se o estado de antes,
Agora e depois.
Estado natural:
Sempre crescente.
O meu olhar.
Ante sua presença,
Que sempre é clara
Feito dia,
A luz da lua marca presença.
Juntando os dois:
Meu olhar e você (reflexo lunar)
Constata-se o estado de antes,
Agora e depois.
Estado natural:
Sempre crescente.
10.05.2010
9.02.2010
PARABÉNS, CORINTHIANS!
Preto e branco. Uma espécie de indicação de que é assim que se divide o dia, a vida. Claro e escuro. Lado a lado. Assim é.
Assim costuma bater e acompanhar o ritmo do lado esquerdo do peito. Bem alí onde um símbolo guarda, em forma de brasão, toda uma felicidade, revolta, lágrimas, sorrisos...tudo junto e misturado.
Acima desse símbolo, como se no céu estivesse, brilham estrelas em constelação de vitórias. (Na maioria das vezes sofridas). Doce sofrimento de Narciso, refletido no espelho preto e branco das arquibancadas por onde passa.
Nascido do povo, para o povo. O corinthiano não veste uma camisa, nem um manto. O corinthiano se veste de louca poesia. É mesmo um bando de loucos!
Assim costuma bater e acompanhar o ritmo do lado esquerdo do peito. Bem alí onde um símbolo guarda, em forma de brasão, toda uma felicidade, revolta, lágrimas, sorrisos...tudo junto e misturado.
Acima desse símbolo, como se no céu estivesse, brilham estrelas em constelação de vitórias. (Na maioria das vezes sofridas). Doce sofrimento de Narciso, refletido no espelho preto e branco das arquibancadas por onde passa.
Nascido do povo, para o povo. O corinthiano não veste uma camisa, nem um manto. O corinthiano se veste de louca poesia. É mesmo um bando de loucos!
8.18.2010
UM SÓ
Acabar desejando um sonho seu
E fazer da sua imaginação
O meu mais puro abrigo.
Fugir de mim para te encontrar
Num canto onde se esconde a brisa,
Onde a loucura é minha prisão... Minha vida.
Reler seus pensamentos
E me encaixar em cada desmembramento deles,
Tentar confundir o entendimento
E ver que para cada eu em mim,
Estão alguns de você.
E fazer da sua imaginação
O meu mais puro abrigo.
Fugir de mim para te encontrar
Num canto onde se esconde a brisa,
Onde a loucura é minha prisão... Minha vida.
Reler seus pensamentos
E me encaixar em cada desmembramento deles,
Tentar confundir o entendimento
E ver que para cada eu em mim,
Estão alguns de você.
7.09.2010
Pelos idos de 2004, ainda no Blogautores, Fernanda pediu que escrevesse uma carta a Tom Jobim em uma das edições. E hoje, 30 anos de morte de Vinicius de Moraes, vejo que a carta também foi para ele.
Ainda ando por cá com saudades.
Salvador, 18 de Junho de 2004
Sabe Tonzinho,
Ao te ver sobrevoando o Rio
Acompanhado de Urubus, Matita-Perês
E Sabiás melodiosos,
Termino por achar o desencanto coisa para loucos.
É sim.
Olha só Ipanema,
A Lagoa, O Jardim Botânico.
Esse desenlace maravilhoso
De ser baiano
E rodar por essa terra de meu Deus.
(É certo, porque o Rio é terra de Deus
E a minha Bahia, lugar de todos os santos)
Olha Tonzinho,
A rua Nascimento e Silva
Me abriu os olhos para o som
(Isso mesmo. Abriu os olhos)
Porque da harmonia brilhavam estrelas,
Da quase falta de voz
Vinha a beleza que saltava aos olhos.
E você estava lá.
(Quanta inveja essa minha.
Mas é da boa. Preocupa não).
E do Vininha, Tonzinho...
Desse sinto tanta falta
Que chega a doer os ossos.
Estranho pensar desse jeito
Em alguém que nunca vi,
Mas se tivesse visto,
Tenho certeza,
Nós três precisaríamos de muita água de beber
(Água de beber camará)
Não repara Tonzinho,
É que falar de amizade,
De gente boa (boa de verdade),
Me enchem os olhos de lágrimas
E a cabeça de versos
(Nem se compara com os de vocês.
Outra preocupação a menos).
Queria ver a Luiza ensaiando um samba
Com a bandeira verde-e-amarela da Gabriela
E, sem saudade do que ficasse para trás,
Ir embora com Dindi.
(Ah! Dindi)
Pena Tonzinho,
Não poder adivinhar o que viria
E você ir morar no céu.
O mesmo de onde começa essa cartinha
Acompanhada dos pássaros que você tanto amou.
Você que sempre foi um brasileiro
Com pompa, circunstância e nome:
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim.
Amigo de data que desconheço,
De sonho de ser além de homem,
Ser Brasil em terra e vida.
Homem de encanto que exala melodias
De promessa de vida no coração.
Tonzinho, ao te ouvir, como sempre o faço,
Tenho certeza de que nunca (Nunca mesmo)
Serei triste a viver na solidão.
Saravá.
Ainda ando por cá com saudades.
Salvador, 18 de Junho de 2004
Sabe Tonzinho,
Ao te ver sobrevoando o Rio
Acompanhado de Urubus, Matita-Perês
E Sabiás melodiosos,
Termino por achar o desencanto coisa para loucos.
É sim.
Olha só Ipanema,
A Lagoa, O Jardim Botânico.
Esse desenlace maravilhoso
De ser baiano
E rodar por essa terra de meu Deus.
(É certo, porque o Rio é terra de Deus
E a minha Bahia, lugar de todos os santos)
Olha Tonzinho,
A rua Nascimento e Silva
Me abriu os olhos para o som
(Isso mesmo. Abriu os olhos)
Porque da harmonia brilhavam estrelas,
Da quase falta de voz
Vinha a beleza que saltava aos olhos.
E você estava lá.
(Quanta inveja essa minha.
Mas é da boa. Preocupa não).
E do Vininha, Tonzinho...
Desse sinto tanta falta
Que chega a doer os ossos.
Estranho pensar desse jeito
Em alguém que nunca vi,
Mas se tivesse visto,
Tenho certeza,
Nós três precisaríamos de muita água de beber
(Água de beber camará)
Não repara Tonzinho,
É que falar de amizade,
De gente boa (boa de verdade),
Me enchem os olhos de lágrimas
E a cabeça de versos
(Nem se compara com os de vocês.
Outra preocupação a menos).
Queria ver a Luiza ensaiando um samba
Com a bandeira verde-e-amarela da Gabriela
E, sem saudade do que ficasse para trás,
Ir embora com Dindi.
(Ah! Dindi)
Pena Tonzinho,
Não poder adivinhar o que viria
E você ir morar no céu.
O mesmo de onde começa essa cartinha
Acompanhada dos pássaros que você tanto amou.
Você que sempre foi um brasileiro
Com pompa, circunstância e nome:
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim.
Amigo de data que desconheço,
De sonho de ser além de homem,
Ser Brasil em terra e vida.
Homem de encanto que exala melodias
De promessa de vida no coração.
Tonzinho, ao te ouvir, como sempre o faço,
Tenho certeza de que nunca (Nunca mesmo)
Serei triste a viver na solidão.
Saravá.
5.18.2010
4.08.2010
GAME
É um jogo de amor.
Se te salivo o corpo,
Sorri e geme.
Se me lambe da orelha ao falo,
Pede quietude.
O placar lascivo não interessa
Quando ambos são vencedores.
Se te salivo o corpo,
Sorri e geme.
Se me lambe da orelha ao falo,
Pede quietude.
O placar lascivo não interessa
Quando ambos são vencedores.
3.22.2010
1.22.2010
(NA)MORADA
Quero mais é que esse sentimento
Traga logo suas roupas
Para dentro de casa.
Mude com tudo:
Tralhas, trouxas, beijos na boca,
Melodias, desejos entre as coxas e todas as malas.
Que venha tomar conta da alma que agora abriga
Trazendo com ele todos os versos,
Rimas, sonhos e canções amigas.
Quero mesmo é deixar o medo
Plantado no jardim do quintal,
Na varanda da sala,
Algum lugar bem na nossa cara
Para que dele possamos colher pétalas
Para o chá de “vamos-em-frente”.
E alí, para nosso deleite,
Durante os beijos
Que o mundo anoitece
Ante nossas pálpebras fechadas,
Percebamos que a alma, finalmente,
Encontrou a perfeita morada.
Traga logo suas roupas
Para dentro de casa.
Mude com tudo:
Tralhas, trouxas, beijos na boca,
Melodias, desejos entre as coxas e todas as malas.
Que venha tomar conta da alma que agora abriga
Trazendo com ele todos os versos,
Rimas, sonhos e canções amigas.
Quero mesmo é deixar o medo
Plantado no jardim do quintal,
Na varanda da sala,
Algum lugar bem na nossa cara
Para que dele possamos colher pétalas
Para o chá de “vamos-em-frente”.
E alí, para nosso deleite,
Durante os beijos
Que o mundo anoitece
Ante nossas pálpebras fechadas,
Percebamos que a alma, finalmente,
Encontrou a perfeita morada.
1.06.2010
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