Abre portas,
Pernas e comportas
Para o rio de desejo
Que te molha
A roupa
Que te lava
A alma.
Anda!
Deixa no solo
A sua marca.
Faz crescer verdes plantas,
Folhas, falo.
Deixa a palavra
Para o silêncio
Dos meus ais
No teu ventre,
Vento que calo.
Ergue-te sombra,
Sobra, solta,
Meu gemido
No carmim
Da sua boca,
Essa rouca expressão do certo,
Do caminho reto
Entre o sim e a cama.
Ama esse tremer
Do solo ereto,
Esse doidivanas
(De pensamento ladrão).
Anda.
Abre portas,
Pernas e comportas
Para o dengo
Digno clarão
Que te rubra a face,
Força, fenda
Ao despir seu sim
Fantasiado de não.
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10 comentários:
despir o sim, fantasiado de não é tudo que uma mulher faz, e tudo que o homem deseja.
demais. adorei!
Uau! Bravíssimo, Girassol.
Um beijo daqui.
esse último verso é um de seus melhores, poeta!
foda.
"sei que assim falando pensas..."
"Sem ar"
**Estrelas, querido e lascivo girassol azul!**
between the devil and the deep blue see...
Essa rouca expressão do certo,
Do caminho reto
"reto" ? Lá elão!
Muito bom revisitá-lo na casa nova, depois de anos, acho. Faz muito tempo. As palavras fortes de sempre, versos com ritmo, intensidade, genuinamente poéticos.
Grande abraço, muita luz!
queria discordar do primeiro anonimo. acho um sim vestido de sim bem melhor q so sim fantasiado de nao.
ah! discordo pq sou chato
Foda!
Não sabia q o srto era iscrivinhadô dos bons, assim!
Envaidece
a palavra que falo
mais forte
na minha boca
quando calo.
(Nossa... parece irmão do meu... AMEI!!!!!!! )
Beijossssss
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