Do que me disseram do amor,
Fiz quase tudo:
Armei barracos e castelos,
Transformei ventos e brisas,
Costurei saudades e desencontros,
Desembainhei arautos mágicos
Para o meu caminho longo
De olhos tantos e de tantas melancolias.
Fiz o que nem podia
Ou não sabia fazer, já que antes,
Não sabia do amor.
Fiz-me vento e mais
Fiz-me pouco ou nada
Fiz-me falta
Fiz-me mar e rio
E amei, assim como sempre sonhei amar,
Todas as coisas molhadas de sal
E todos os senões possíveis.
Desencadeei o rumo que não tem volta.
Lá, onde o vinho canta todas as canções videiras,
E todos os depois que te pisam os pés.
Quis apenas a felicidade,
A minha,
E a dos estradeiros que
Passearam pelo meu corpo-coração.
O mesmo lugar onde espero reencontrá-los
Para seu repouso de fé e festas.
4.09.2008
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3 comentários:
Seu moço bonito.
Traz estrelas no chapéu,
Para ofertar à quem não tem mais lágrimas.
**Mais estrelas prá vc**
fez-te, também por causa do amor, acredito, esse enorme poeta. lindo texto... sereno.
Amar todas as coisas molhadas de sal e todos os senões possíveis - isso é saber aar demais! Lindo!!!
Beijo
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