Paulinha não me pede, o desejo dela é ordem. E eu, que nunca participei de correntes, caio nessa por conta dela. Não reclamo. Constato.
Claro que farei certas adaptações ao pedido dela, que é para ser feito assim:
1) Pegue um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2) Abra na página 161;
3) Procure a 5ª frase completa;
4) Poste essa frase em seu blog;
5) Não escolha a melhor frase nem o melhor livro;
6) Repasse para outros 5 blogueiros.
As minhas adaptações:
O livro que peguei eu nem comecei a ler e o tenho desde maio de 2006, fica lá, em cima da mesa sempre, mas com uma frase do autor, na sua primeira página, que sempre me assusta e me afasta: Não leia agora, aguarde que a solidão tome conta de você.
Agora, que estou a cumprir a ordem de dona Paula, sozinho, como pede o livro, passei por cima da frase e li (mais uma adaptação, o livro é de poesia, portanto, vai mais que a 5ª frase):
Fim dos Tempos
No colo de serenos solilóquios,
os versos guardam-se últimos no peito,
flor da cáctus premida em laço estreito,
estrela fugidia aos telescópios,
nunca-aberto botão de primaveras
giz de nuvem riscando fantasia,
Laura Júlia, contínuas novas eras
varando as estações à revelia,
recém-nascidos riso e olhar dementes,
moribundo clamor do novo Deus,
meu lar, que ao frio hiberna, ao sol estiva.
Eu...aquieto-te stradivariusmente
e aguardo o fim da vida só, com os meus
obnubilados olhos à deriva.
(Temporal temporal, de Luís Antonio Cajazeira Ramos)
A outra adaptação é, não indicarei os amigos, eles o farão à sua vontade.
O pedido de minha melhor amiga está atendido.
11.30.2007
11.28.2007
(Para Nana)
Em São Paulo que se parte
Em imensidões de cinzas...
De outros tempos, outros passos,
Densos rumos e hoje ainda...
São tantas, ela e outras moças,
Colorindo o tempo que não brilha
Trazendo o dia pra bailar a noite
Despedindo-se de suas pistas...
Ela ajeita suas coisas,
Seus bilhetes, suas dores,
Relembra as paixões
Que nem começaram
Já teve um fim...
São tantas, ela e outras moças,
Acordando mais tarde sem neblina
Despedindo-se da voz, da cidade que inclina,
Para outra vez partir.
Ela ajeita suas coisas,
Seus bilhetes, suas dores,
Relembra as paixões
Despede-se entre frases madrugais,
Sonhando o porvir:
O mundo, meu amor,
É um bom lugar para sorrir.
(Parceria com o grande companheiro azul: Clóvis)
11.21.2007
11.12.2007
Sou do tipo bobo
Balaio morno de fruta do pé
Caída naquele mesmo instante.
Gosto de solavanco
Na beira da estrada
Bem na hora da curva entre a árvore triste
E a cidade dormente.
Sou do tipo sonhador
Temperando tempo com tempo
Para ajustar a esperança
Da cor verde mais próxima do verde esperado
Para ser meio menino, meio anjo...
Para ser torto, na verdade,
Pois anjo torto é o mais perto da verdade
Que um menino pode chegar.
Sou do tipo quieto
Invento dias em nuvens disformes
E elefantes brancos na cabeça.
Carrego no doce da vida
Nada de pitadas a granel
Bom é despencar a mão sem culpa...
Sem esquecer do sal.
Sou do tipo doido
Que aprende a dançar com vassouras
E rodopia feito papel
Na ventania que traz a chuva.
Bailo cambaio distraído
Com pé de vento, com dança da lua
Me remeto em grande saudades
No caminho do céu
Apimento a vida com desejos
E os desejos com os eternos sonhos da paixão.
Balaio morno de fruta do pé
Caída naquele mesmo instante.
Gosto de solavanco
Na beira da estrada
Bem na hora da curva entre a árvore triste
E a cidade dormente.
Sou do tipo sonhador
Temperando tempo com tempo
Para ajustar a esperança
Da cor verde mais próxima do verde esperado
Para ser meio menino, meio anjo...
Para ser torto, na verdade,
Pois anjo torto é o mais perto da verdade
Que um menino pode chegar.
Sou do tipo quieto
Invento dias em nuvens disformes
E elefantes brancos na cabeça.
Carrego no doce da vida
Nada de pitadas a granel
Bom é despencar a mão sem culpa...
Sem esquecer do sal.
Sou do tipo doido
Que aprende a dançar com vassouras
E rodopia feito papel
Na ventania que traz a chuva.
Bailo cambaio distraído
Com pé de vento, com dança da lua
Me remeto em grande saudades
No caminho do céu
Apimento a vida com desejos
E os desejos com os eternos sonhos da paixão.
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