Me jogo para dentro
Entre seus lábios, perco
Despenco a arar sua nuca
Nua em fogo brando
Banho-maria d’alma alegre
Que molha meu corpo no seu.
Alimento. Sugo. Força.
Acre e doce gosto de mim
Na sua boca
Açucarada visão que queima a carne,
A roupa, a polpa que sobe,
E desce num mexer da sombra que é
Embalada da cama.
Chama. Arde. Roga.
Salpicada delícia de desejo
Feito beijo intenso a repousar na mesa
Esperando a ingestão da tarde
Que cozinha a pele branca.
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O Amor mandou usar as letras. Desde então mudei as gavetas, rasguei as vestes, despi a alma, Tratei de usar letras, palavras em versos. Quando o Amor manda. Esqueço sobras, restos. Paro tudo e escrevo. Ventania com asas me despertam.
Não brilharia a estrela, oh bela sem noite por detrás
Um sonhador titã.
Ou eu arrombo a janela!
- poesias crônicas dele
- o que der na telha dele
- o paredro dele
- o gênio Liniers
- o contratempo dela
- o blog de 7 cabeças
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- a ficção barata dele
Ouve seu poeta, oh bela!
- Alexandre Beanes
- Baiano, azul. Acredita piamente que Vinicus, Quintana e Leminski formam a Santíssima Trindade. Que Hilda Hilst é Nossa Senhora. E Liniers, apesar de argentino, pintou a Santa Ceia.