Um olho que diz muito
mentindo em silêncio
diferente de estar mudo
nas noites que invento
salta, dança, dança
uma jam jazz de puro improviso
ela me diz: solto
quando preso me realizo
se você não demorar
eu me entrego e espero
e se você me achar
não nego, te quero
rio de cabeceira secou
e você nem me disse nada
se no monte o mar abalou
a solidão em mim fez água
andou, rodou, rodou
e o que era azul perdeu o juízo
me deixa preso: deixou
solto em frente ao abismo
as vezes parece uma dor
mas teima e deixa em paz
sabendo ser do amor
um sonho todinho lilás
remando na noite escura
como quem nada quer
me rasga a cara e a cintura
e diz ser minha mulher
não demorou quase nada
a espera terminou
não neguei, nem disse nada
pois bem antes você me achou.
4.26.2008
4.09.2008
ESTRADEIROS
Do que me disseram do amor,
Fiz quase tudo:
Armei barracos e castelos,
Transformei ventos e brisas,
Costurei saudades e desencontros,
Desembainhei arautos mágicos
Para o meu caminho longo
De olhos tantos e de tantas melancolias.
Fiz o que nem podia
Ou não sabia fazer, já que antes,
Não sabia do amor.
Fiz-me vento e mais
Fiz-me pouco ou nada
Fiz-me falta
Fiz-me mar e rio
E amei, assim como sempre sonhei amar,
Todas as coisas molhadas de sal
E todos os senões possíveis.
Desencadeei o rumo que não tem volta.
Lá, onde o vinho canta todas as canções videiras,
E todos os depois que te pisam os pés.
Quis apenas a felicidade,
A minha,
E a dos estradeiros que
Passearam pelo meu corpo-coração.
O mesmo lugar onde espero reencontrá-los
Para seu repouso de fé e festas.
Fiz quase tudo:
Armei barracos e castelos,
Transformei ventos e brisas,
Costurei saudades e desencontros,
Desembainhei arautos mágicos
Para o meu caminho longo
De olhos tantos e de tantas melancolias.
Fiz o que nem podia
Ou não sabia fazer, já que antes,
Não sabia do amor.
Fiz-me vento e mais
Fiz-me pouco ou nada
Fiz-me falta
Fiz-me mar e rio
E amei, assim como sempre sonhei amar,
Todas as coisas molhadas de sal
E todos os senões possíveis.
Desencadeei o rumo que não tem volta.
Lá, onde o vinho canta todas as canções videiras,
E todos os depois que te pisam os pés.
Quis apenas a felicidade,
A minha,
E a dos estradeiros que
Passearam pelo meu corpo-coração.
O mesmo lugar onde espero reencontrá-los
Para seu repouso de fé e festas.
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