11.18.2010

DEIXA

Se você deixar,
Já que tenho a chave de casa,
Voltarei sem dar aviso
Nem hora marcada

Chegarei entre a noite
E a delícia da madrugada,
Onde sei que dormes sem roupa,
Aí mesmo, a essa hora,
Chegarei como quem devora

De seus gemidos farei verso
Poesia libertada para ode dos fetiches
Encravada no meio das suas coxas

Chegarei para entre suas pernas
Dar destino a minha boca
Que te molha sem queixas

Voltarei. Chegarei.
Grato por saber que a sua resposta
É a mesma se sempre
Que entre sussurros diz que deixa.

11.01.2010

CRESCENTE

Não tem fadiga que tome
O meu olhar.

Ante sua presença,
Que sempre é clara
Feito dia,
A luz da lua marca presença.

Juntando os dois:
Meu olhar e você (reflexo lunar)
Constata-se o estado de antes,
Agora e depois.

Estado natural:
Sempre crescente.