8.19.2008

PEDRA E MARFIM

Quero ser longe
Da noite um sol
Um brilho rasgando, um ai
Beber na sombra do que te faz
Um arrastão do mar sem fim
Brigar na rua, longe de mim,
Para sorver um pouco de paz

Enlouquecer antes que esqueça
Levar do insano a triste razão
Marcar meu sim na sua cabeça
Matar a sede no seu coração
Quero mais é morrer de paixão
Voar no ato em que o sol pereça.

Lá adiante, me deixe assim
Um anjo torto de pedra e marfim
Enlameado na ruas, afim
Cara valente, rei do botequim
Amor difícil que vive em mim
Em breve seu a divagar

Enlouquecer antes que esqueça
Levar do insano a triste razão
Marcar meu sim na sua cabeça
Matar a sede no seu coração
Quero mais é morrer de paixão
Voar no ato em que o sol pereça.

8.02.2008

Olhando para aquela cara
Sem sinal de expressão alguma...
Retida no tempo,
Sem sombra ou nada que o valha;
O sangue se confunde
Com o vermelho da barba,
E ele continua sorrindo...

Não se sabe bem porque...
Sua loucura parece certa...

Do outro mundo trouxe almas,
Mares e versos.
Da vida levou brumas, flores
E saudades.

Do amor restou-lhe o sangue na face.



Poema publicado na Edição 15 do Blogautores e, a pedido do Breno, a frase em negrito tinha de aparecer em todos os textos. Um desafio lançado em busca do estilo de cada autor, de como se mostrar a partir de uma frase que todos usariam. Sim, tenho saudade dos Blogautores. Estilo não faltava aos meus companheiros.